Quem sou eu

Minha foto
Porque somos feito as estações, sempre mudando...

quinta-feira, 30 de julho de 2015

"Paciência"

"Se te contentas com os frutos ainda verdes, toma-os,leva-os quantos quiseres.
Se o que desejas,no entanto, são os mais saborosos,maduros,bonitos e suculentos, deverás ter paciência.
Senta-te sem ansiedades.
Acalma-te, ama, perdoa, renuncia, medita e guarda silêncio.
Aguarda.
Os frutos vão amadurecer."
(Hermógenes )
Imagem google

sábado, 25 de julho de 2015

                      ESCRITO A QUATRO MÃOS 

"Ando devagar porque já tive pressa e levo esse sorriso porque já chorei demais". (Almir Sater)

Quantas vezes somos apressados no falar, ouvir, sentir?
Já falei coisas desnecessárias e calei o que de fato era importante.
Ouvi, sem compreender o que o outro estava tentando me dizer.
Julguei pela aparência. Fui apressada em me deixar tomar pela raiva, mágoa e tantos sentimentos e emoções que não me acrescentaram.
Hoje, mais madura, procuro não ter tanta pressa em dizer minhas verdades ou tentar compreender a verdade do outro.
E mesmo que o corpo precise apressar o passo para dar conta das atividades diárias, o olhar passeia devagar diante da sublimidade da vida.

Procuro levar meus dias de maneira mais suave, demorar-me mais nas belezas contidas e espremidas das pessoas que passam por mim.                                                                                                                                                     Noto agora que tudo pode ter mais cor e encanto e já não me apresso em posicionar-me perante todos.
Aprendi a calar-me muitas vezes e a sorrir com mais frequência.                              
A vida tem me dado mais sensibilidade para extrair um pouco da essência de tudo que me rodeia e tento sorve-la, sem pressa e com um sorriso nos lábios.
 

(Sonia A.- mulheres 4 estações)
 
e
(Sonia Buzanello - participante do grupo de encontros e colaboradora ativa do blog)
 

(Imagem extraída do Google)

domingo, 19 de julho de 2015

Autoestima
Se um dia alguém fizer com que se quebre 
a visão bonita que você tem de si,
 
com muita paciência e amor reconstrua-a.
 
Assim como o artesão 
recupera a sua peça mais valiosa que caiu no chão, 
sem duvidar de que aquela é a tarefa mais importante, 
você é a sua criação mais valiosa. 
Não olhe para trás. 
Não olhe para os lados. 
Olhe somente para dentro, 
para bem dentro de você 
e faça dali o seu lugar de descanso, 
conforto e recomposição. 
Crie este universo agradável para si. 
O mundo agradecerá o seu trabalho.
- Brahma Kumaris

Auto Estima –  nosso mais precioso tesouro. Às vezes sem querer, por descuido, permitimos que outra pessoa quebre nossa autoestima, nos trate sem o devido cuidado com o qual todos merecemos. Nossa esperança é levada ao chão e não raro, pisoteada até que nos tornamos meros expectadores da vida.
Seguimos então esperando as migalhas de atenção que nos possam dar, sem que percebamos que assim vamos nos matando aos poucos.

Não devemos nos entregar à dor e ao desamparo, mas num esforço quase sobre humano ir reconstruindo com muito cuidado e atenção o nosso “eu” já bem machucado. A cada dia que se inicia devemos elevar um pensamento a Deus e agradecer a vida que nos foi concedida, depois nos olhar no espelho e dizer a nós mesmos que somos a pessoa mais importante de nossas vidas. Encarar os desafios do dia a dia como verdadeiras batalhas, que após vencidas nos dará a confiança necessária para nossa reconstrução interior, e a certeza que ser feliz compete a nós mesmos e às nossas escolhas diariamente.
(Sonia Buzanello)


(imagem extraída do Google)

quarta-feira, 15 de julho de 2015

"Quando não somos mais capazes de mudar uma situação somos desafiados a mudar a nós mesmos".

(Viktor E. Frankl)

Quanta sabedoria nessas palavras. Tentamos inúmeras vezes mudar as coisas e as pessoas para podermos estar bem, quando na verdade mudando a nossa maneira de ver e vivenciar tudo é que podemos ser felizes.
Deus escreve certo por linhas tortas ! Vamos nos demorar um pouco mais nas entrelinhas e achar um atalho para a felicidade !
(Sonia Buzanello)


(foto extraída do Google)

sábado, 11 de julho de 2015




(imagem extraída do Google)

terça-feira, 7 de julho de 2015


A menina e a maçã

Uma garota segurava em suas mãos duas maçãs. Sua mãe entrou e lhe pediu com uma voz doce e um belo sorriso: " querida, voce poderia dar uma de suas maçãs para mamãe?" A menina levanta os olhos para sua mãe durante alguns segundos, e morde subitamente uma das maçãs e logo em seguida a outra. A mãe sente seu rosto se esfriar e perde o sorriso. Ela tenta não mostrar sua decepção quando sua filha lhe dá uma de suas maçãs mordidas. A pequena olha sua mãe com um sorriso de anjo e diz: " É essa a mais doce."
Pouco importa quem você é, que você tenha experiencia, seja competente ou sábio. Retarde sempre o seu julgamento. Dê aos outros o privilégio de poder se explicar. Mesmo se a ação parece errada, o motivo pode ser bom.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

"Inverno"- Nova estação

A árvore que floresce no inverno 
(Rubem Alves) 


Os sinais eram inequívocos. Aquelas nuvens baixas e escuras... O vento que soprava desde a véspera, arrancando das árvores folhas amarelas e vermelhas. É, o inverno estava chegando. Deveria nevar. Viriam então a tristeza, as árvores peladas, a vida recolhida para funduras mais quentes, os pássaros já ausentes, fugidos para outro clima, e aquele longo sono da natureza, bonito quando cai a primeira nevada, triste com o passar do tempo...
Resolvi passear, para dizer adeus às plantas que se preparavam para dormir, e fui, assim, andando, encontrando-as silenciosas e conformadas diante do inevitável, o inverno que se aproximava. E foi então que me espantei ao ver um arbusto estranho. Se fosse um ser humano certamente o internariam num hospício pois lhe faltava o senso da realidade, não sabia reconhecer os sinais do tempo.
Lá estava ele, ignorando tudo, cheio de botões, alguns deles já abrindo, como se a primavera estivesse chegando.
Não resisti e, me aproveitando de que não houvesse ninguém por perto, comecei a conversar com ele, e lhe perguntei se não percebia que o inverno estava chegando, que os seus botões seriam queimados pela neve naquela mesma tarde.
Argumentei sobre a inutilidade daquilo tudo, um gesto tão fraco que não faria diferença alguma. Dentro em breve tudo estaria morto... E ele me falou, naquela linguagem que só as plantas entendem, que o inverno de fora não lhe importava, o seu era um ritmo diferente, o ritmo das estações que havia dentro.
Se era inverno do lado de fora, era primavera lá do lado de dentro dele, e seus botões de flor eram um testemunho da teimosia da vida que se compraz mesmo em fazer o gesto inútil. As razões para isso? Puro prazer.
Ah! Há tantas canções inúteis, fracas para entortar o cano das armas, para ressuscitar os mortos, para engravidar as virgens, mas não tem importância, elas continuam a ser cantadas somente pela alegria que contêm...
E há os gestos de amor, os nomes que se escrevem em troncos de árvores, preces silenciosas que ninguém escuta, corpos que se abraçam, árvores que se plantam para as gerações futuras, lugares que ficam vazios, à espera do retorno, poemas inúteis que se escrevem para ouvidos que não podem mais ouvir, porque alguma coisa vai crescendo por dentro, um ritmo, uma esperança, um botão pela pura alegria, um gozo de amor. E me lembrei de um pôster que tenho no meu escritório, palavras de Albert Camus: "No meio do inverno eu finalmente aprendi que havia dentro de mim um verão invencível".
E aí a alucinação teológica tomou conta da minha cabeça e me lembrei de uma velha tradição de Natal, ligada à árvore. As famílias levavam arbustos para dentro de suas casas. E ali, neve por todas as partes, elas os faziam florescer, regando-os com água morna. Para que não se esquecessem de que, em meio ao inverno, a primavera continuava escondida em alguma parte.
Inverno: o frio, a neve, o silêncio, a morte.
Quando as plantas florescem na primavera, ali os homens escrevem os seus nomes. Mas quando as plantas florescem no inverno, ali se escreve o nome do Grande Mistério...
Arquivo Pessoal