Quem sou eu

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Porque somos feito as estações, sempre mudando...

sábado, 21 de maio de 2016

QUEM SOU EU?

Nosso terceiro encontro começou de forma descontraída. Usamos uma dinâmica que consiste em uma
por vez, abrir uma caixinha e dizer algo de positivo e negativo em relação a imagem que encontravam lá dentro, sem contudo dar pista de quem era.
Ao abrir a caixa imaginando quem seria, encontram um pequeno espelho e sua própria imagem refletida nele.
Foi interessante ver o ar de surpresa no rosto de algumas delas.
Através das nossas conversas pudemos perceber que falar de si mesmo nem sempre é tarefa fácil, que a auto análise deve ser um processo continuo, já que somos seres em constante transformação.
Embora tenha sido um encontro leve, não deixou de nos proporcionar uma rica troca de experiencias.
Abaixo, compartilhamos o poema que nos ajudou perceber, que sempre podemos nos olhar com mais amorosidade e compreensão.

ESPELHO

Espelho, espelho meu:
diga a verdade,
quem sou eu?
Se às vezes me estilhaço,
se às vezes viro mil,
se quero mudar o mundo,
se quero mudar o rosto,
Se tenho sempre na boca
um gosto de água e de céu,
se às vezes sou tão só
quando me viro do avesso,
Se às vezes anoiteço
em plena luz do sol
Ou então amanheço
Com vontade de voar,
espelho, espelho meu:
diga a verdade,
quem sou eu?
(Roseana Murray)

                              ( Fonte da imagem: Google)





terça-feira, 10 de maio de 2016

“Não é a casa que nos abriga. Nós é que abrigamos a casa, pois é a ternura que sustenta o teto.” 
(Mia Couto )

Uma casa pode ser bonita, organizada, funcional, mas se não houver alegria, amor, vida, é apenas uma casa.
Um lar é feito de pequenos cuidados e muitas histórias.
Histórias que construímos diariamente na convivência com os nossos.
Devemos nos lembrar que estamos rodeados de energia, o padrão vibratório do lar tem relação direta com o que pensamos, sentimos e falamos.
Cultivar a paciência para lidar com as diferenças, compreender e aceitar que nem sempre o outro está bem e feliz, que às vezes ele prefere o silêncio para colocar as ideias em ordem. 
Adicionar amor em tudo que fazemos, praticar a generosidade, o perdão, o agradecimento, a oração, são pitadas de energia salutar que ajudam a harmonizar o lar.

Nossa casa deve ser um lugar que nos dá prazer em estar, onde nos sentimos acolhido. Eu vivi parte da minha infância numa casa feita de tábuas, chão de terra, mas o que faltava em conforto, sobrava em amor. Dessa fase, guardo lembranças de um tempo muito feliz.
Cultivemos pois a ternura em nós e deixemos que ela perfume cada cantinho do nosso lar. 


Como não tenho fotos da casa a qual me referi, deixo essa, onde minha mãe morou na juventude. Lugar que visitei uma única vez, quando ela já não estava mais presente na minha vida. Olhar essa imagem hoje me faz pensar, se seu teto abriga a mesma ternura que conheci no seu olhar.

( Sônia A. )

domingo, 1 de maio de 2016

O VOO


Goza a euforia do voo do anjo perdido em ti.
Não indagues se nossas estradas, tempo e vento,
desabam no abismo.
Que sabes tu do fim?
Se temes que teu mistério seja uma noite, enche-o de estrelas.
Conserva a ilusão de que teu voo te leva sempre para o mais alto.
No deslumbramento da ascensão.
Se pressentires que amanhã estarás mudo,
esgota como um pássaro, as canções que tens na garganta.
Canta. Canta para conservar a ilusão de festa e de vitória.
Talvez as canções adormeçam as feras
que esperam devorar o pássaro.
Desde que nasceste,
não és mais que um voo no tempo.
Rumo aos céus ?
O que importa a rota ?
Voa e canta,
enquanto persistirem as tuas asas.

( Menotti Dell Pichia )

                                     (imagem google)