Ando pela rua.
Há um buraco fundo na calçada.
Eu caio...Estou perdido...sem esperança.
Não é minha responsabilidade.
Levo uma eternidade para encontrar a saída.
Capítulo 2
Ando pela mesma rua.
Há um buraco fundo na calçada, mas finjo não vê-lo.
Caio nele de novo.
Não posso acreditar que estou no mesmo lugar.
Mas não é responsabilidade minha.
Ainda assim levo um tempão para sair.
Capítulo 3
Ando pela mesma rua.
Há um buraco fundo na calçada.
Vejo que ele ali está. Ainda assim caio...É um hábito.
Meus olhos se abrem. Sei onde estou.
É minha responsabilidade.
Saio imediatamente.
Capítulo 4
Ando pela mesma rua.
Há um buraco fundo na calçada.
Dou a volta.
Capítulo 5
Ando por outra rua.
Este, foi o texto que usamos na roda de conversas do segundo encontro e nos possibilitou uma rica troca de opiniões e experiências.
Em nossa vida quais são esses buracos?
Foram várias vertentes:
Obstáculos. Os quais temos que aprender a contornar.
Erros, situações e pessoas. Que sabemos não nos fazer bem e ainda assim, algumas vezes, caímos na mesma armadilha.
Sentimentos. Solidão, mágoa, carência, ciúmes e outros, que muitas vezes tomam espaço dentro de nós.
Quantas vezes fingimos que não o vemos, ou culpamos o outro por ele existir?
Estas foram apenas algumas das reflexões que fizemos, chegando ao consenso de que buracos sempre vão fazer parte da nossa estrada, já que na vida, andamos por vários caminhos.
Para sair é preciso querer, esforço próprio em atravessar a rua, mudar de calçada e colocar luz sob nossos passos.
Ao final, fizemos alguns exercícios de alongamentos e equilíbrio energético corporal, o que nos ajudou a serenar as emoções.
E você, o que pensou ao ler o texto ?
( imagem google )